Wednesday, April 22, 2009

quando decidi seguir a caminhada era só uma chuva fininha.. ao longo do caminho ela foi apertando, e eu não me importei muito, apesar dos olhares quase reprovatórios de todos que passavam por mim, seguros embaixo de seus guarda-chuvas.

mas só eu podia sentir a baixa temperatura das gotículas que escorriam pelo meu rosto, embaraçavam meus cabelos e molhavam minha roupa..

o caminho me tomou uma meia hora.. tempo suficiente pra pensar na vida e avaliar os últimos passos e as decisões recentes..

pensar pensar pensar..
porque será que penso tanto?
será que todas essas análises realmente me ajudam a buscar os caminhos "certos"?

talvez eu analise demais.
seja por medo, insegurança ou até por uma experiência demasiada que adquiri quase sem perceber (e que agora não sei dizer se ela ajuda ou atrapalha)..
o fato é que estou sempre pensando..

-------

pensei em muitas coisas enquanto assistia ele cavar a efemeridade da vida!
a água invadia todas as cavidades daquele gigantesco buraco na areia, enquanto ele filosofava sobre a evasão natural de todas as coisas..

pensei quanto daquele pensamento era direcionado pra nossa história.
refleti sobre as qualidades, sobre os defeitos e sobre as afinidades...
avaliei os desejos, as ambições, os incômodos e as repulsas..

e mesmo pensando tanto, não conclui nada..
continuo lidando com a sensação agoniante do "tanto faz"..

e a sucessão dos fatos, que a princípio pareceu um direcionamento maduro, acabou virando mais uma interrogação..

---------

com chuva ou sem chuva, sigo analisando..
ainda sem respostas e sem nada de concreto nas mãos..

mas lá no fundo, sinto uma sensação de leveza que me motiva a continuar.
com menos drama do que estou habituada, menos apego do que costumo sentir e menos intensidade do que gostaria. mas vamo lá!

0 Comments:

Post a Comment

<< Home